Em diversas capitais da Europa, mais de 50% das crianças que nascem por ano já são filhas de imigrantes; e cada vez mais mulheres europeias decidem não ter filhos. O que acontece quando uma baixa taxa de natalidade colide com uma imigração descontrolada? Na contracorrente das análises politicamente corretas, Walter Laqueur, um dos mais importantes historiadores da atualidade, critica a imigração maciça de populações da Ásia, da África e do Oriente Médio para os países europeus — sobretudo porque estas levas de imigrantes não buscam a assimilação nas sociedades europeias, mas apenas se beneficiar dos generosos serviços sociais oferecidos por aqueles países. Isso acaba levando à multiplicação de guetos e ao aumento da xenofobia entre os europeus nativos. Este é um dos temas abordados de forma corajosa e polêmica em Os últimos dias da Europa: epitáfio para um velho continente, do historiador americano de origem alemã Walter Laqueur. Ele acredita que a Europa está atravessando uma crise de identidade sem precedentes na História. Baixa taxa de crescimento demográfico, alta taxa de imigração, políticas de bem-estar social dispendiosas e problemas na unificação. Nesse contexto, os desafios que a Europa enfrenta, adverte Laqueur com consternação, podem ser mortais. Na verdade, a Europa que ele conheceu profundamente já está desaparecendo. E aos que consideram suas análises excessivamente pessimistas, alarmistas e sombrias, ele lembra que os museus estão cheios de restos de civilizações desaparecidas.