Das galáxias á tumba, de Deus ao Grande Pênis míssel balístico. Um dia , em um artigo de revista, chamei-lhe de Cafetão do Sublime, mas poderia tê-lo chamado de Santo do Lupanar. Tudo nele é engenho, disfarce a arte. Jarbas Medeiros entrou na mansão dos 70, mas a sua voz é de menino que acabou de chupar picolé. Sua bela poesia espelha um universo caótico e dissoluto, porém a sua composição é de um rigor geométrico, pitagórico e apolíneo. Lendo-o, ouvindo-o, fico sempre em dúvida se Jarbas Medeitors é história sem tempo ou tempo sem história, em exteporâneo. Tênue é o limite entre o Imperador da China e o Homo Interneticus. Trata-se do maior paradoxo vivo que eu conheci: um permanente delírio ambulatório que não sai de casa e que já transviveu o funeral sideral. Sua poesia passeia fantasiada de Anjo e vestida de Escafandro pelos céus e pelos infernos. Leitor, leitora, pay attention: estamos diante de um novo e atual poeta antiquíssimo, de alguma raça primavera e ainda não catalogada. Gilberto Felisberto Vasconcellos