Os edifícios de gosto duvidoso que caracterizam a paisagem moderna são inferiores não apenas às grandes catedrais da Europa medieval e aos templos do antigo Egito e da Grécia, mas até mesmo às construções menos importantes do passado recente. As grandes obras-primas dos nossos ancestrais falam à natureza mais elevada da humanidade. O arquiteto Herbert Bangs revela como os edifícios disfuncionais de hoje suscitam o que há de pior na humanidade, reforçando o que há de mais vil em nossa natureza. Ele mostra que, por meio das antigas leis de proporção e número, a arquitetura expressava outrora a relação sagrada entre o homem e o cosmos. Antigamente, o arquiteto trabalhava com base numa tradição sagrada e esotérica de criar estruturas por meio das quais os seres humanos podiam obter percepções reveladoras sobre a natureza da realidade divina. Hoje, essa tradição foi abandonada em favor de princípios utilitários estreitos de eficiência e economia. Em O Retorno da Arquitetura Sagrada, Bangs revela a chave para libertar a arquitetura da crua funcionalidade do século XX: os arquitetos da paisagem humana moderna precisam encontrar a conexão profunda com o cosmos que orientava a vida interior daqueles que construíram os templos do passado. A forma de seus edifícios refletirá, então, os padrões sagrados da proporção e da geometria, proporcionando mais harmonia ao nosso mundo.