Em Pássaro da Terra, nem as vozes da floresta nem seu protetor, o “Curupira”, terão poderes para impedir o mal, ou minimizar seus efeitos; nem mesmo o amor parece ter condições de livrar a humanidade da tragédia que ameaça a floresta, trazida para lá nas asas da cobiça e da ambição sem freios e impulsionada pela violência. Diferente do imaginário da poesia popular, o autor parece saber que cabe a nós, somente a nós, tornar as medidas necessárias para impedir que o amor, a poesia e a riqueza do imaginário popular venham a desaparecer sob os escombros da destruição trazida pelos homens do progresso e do desenvolvimento.