Os poemas de Maurício Segall têm algo da ocupação de um espaço vital da circulação incessante de humores e afetos que no fundo são responsáveis por transformar o edifício em moradia - e nesse caso moradia que se quer não só para si mas também para os outros. Daí que grande parte desses poemas tenha início na sondagem de si mesmo que o sujeito leva a cabo em seu apartamento cotidiano. Sondagem que desemboca em quatro ou cinco portas. Há os poemas em que o eu prova até o limite dessa cachaça tão lúcida quanto alucinatória a ´solidão em estado puro´...