Principal obra de Henri Bergson, Prêmio Nobel de Literatura de 1927, A evolução criadora (1907) representou uma ruptura com as principais correntes filosóficas do fim do século XIX. Diante da apologia do saber científico, rigoroso, das rígidas leis do determinismo, Bergson lança a afirmação de que a totalidade tem a mesma natureza do indivíduo, de um movimento incessante, um impulso de liberdade criadora que transforma de forma irrefreável a matéria. O filósofo francês discorre sobre o problema da existência humana e assevera que a mente - energia pura, impulso vital - é responsável por toda evolução orgânica. O livro também inova na abordagem dessa temática, com uma linguagem que afirma sua especificidade, calcada em um saber que não se separa da experiência efetiva, do vivido ou do que é passível de ser vivido.