A bruxinha que era boa e outras peças baixar o livro de graça

O TABLADO apresenta:A Bruxinha que era boa (1954), a fantástica história de uma bruxa que não consegue fazer maldades! Bruxinha Ângela sofre nas mãos das outras bruxas, e conta com a ajuda de seu amigo Pedrinho para escapar das garras de um terrível bruxo. A peça é uma das primeiras montagens “tabladianas”, aclamada pelo público e pela crítica. Temos também muito mistério e investigação no circo para descobrir Quem matou o leão? (1977). E ainda O Patinho Feio (1974), uma bela adaptação para o teatro do conto de Hans Christian Andersen. Camaleão e as batatas mágicas (1976) é mais uma aventura de Vovô Felício contra o atrapalhado vilão Camaleão Alface. Apresentamos ainda uma peça inédita, O Alfaiate do Rei, finalizada por Cacá Mourthé e representada pela primeira vez em 2003. Tudo no melhor estilo de Maria Clara Machado.Minha formação como ator se deu através do teatro infantil. Até hoje tenho pra mim que o único verdadeiro teatro é o teatro infantil, já que é o único no qual sua plateia crê em você de maneira completa e inquestionável. No teatro adulto, por mais que sua capacidade de interpretação seja admirada pelos espectadores, não importa quão bom ator você seja, ninguém jamais acreditará que você vai, de fato, beber veneno por amor. Isso cria uma espécie de véu de aceitação, anestesia de sentidos que, perceba você ou não, ameniza a total apreciação de uma peça e os graus de emoção que ela é capaz de alcançar. No teatro infantil isso não acontece: não só seus espectadores acreditam que o que você diz é verdade, como também lhe conferem habilidades sobre-humanas de matar um dragão, paralisar pessoas com seus poderes mágicos, voar em vassouras ou manusear armas brancas (que ninguém sabe que são de espuma). Desta forma, o alcance das emoções do pequeno espectador é muito maior do que o de um adulto, e precisa ser respeitado. Infelizmente, essa não é uma visão difundida sobre o teatro infantil, que para alguns ainda é relegado a uma espécie de teatro de segunda categoria, cujo cenário deve se adequar ao da peça adulta, sempre imenso e imóvel, de madeira concreta, pregada no chão, construído assim numa tentativa patética de fazer as pessoas acreditarem que algo na peça é de verdade. Mas, felizmente, a Clara tinha visão de sobra. Ela entendia a história pela ótica das crianças, respeitava sua habilidade de recriar a realidade e sabia, portanto, dar-lhes asas à imaginação como ninguém. Sei disso porque ainda me lembro da excitação que suas peças me causavam e procuro essa excitação até hoje, quando vou ao cinema, a um parque de diversões ou ouço uma história bem-contada. Confesso que é bem difícil encontrá-la.Por isso eu espero que a pessoa que tem este livro em mãos saiba buscar a criança que existe dentro de si mesma para apreciar e entender as verdadeiras joias diante de seus olhos.Sem mais delongas, eu lhe desejo uma boa leitura! (Mas não demore: imagine que, a cada minuto que você atrasa para abrir este livro, o coro de crianças gritando “Co-me-ça! Co-me-ça!” vai aumentando mais e mais!)Fernando Caruso
  • Maria Clara Machado Autor:
  • B01B3I5Y6C Isbn 10:
  • eBook Kindle Páginas de capa mole:
  • Nova Fronteira; Edição: 2ª Publisher:
  • Nova Fronteira; Edição: 2ª Publisher:
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  • eBook Kindle Livro de capa dura A bruxinha que era boa e outras peças:

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